domingo, 5 de agosto de 2012

O Mar convida os homens a serem irmãos


O mar, essa maravilha da Natureza, é, literalmente falando, o maior espetáculo do planeta Terra. Seus mistérios insondáveis atraem o homem a pesqui­sas profundas; mas é seu magnetismo majestoso que leva o ser humano a trans­cender, no impulso de uma viagem maior da imaginação. Lendas nas quais os sonhos navegam em mistérios de um mergulho no seu próprio eu.


O Sol de Verão parece fazer parte das festas folclóricas, con­vidando os homens a se refrescarem nas águas do mar, em um batismo que exorciza todas as mazelas físicas, mentais e espirituais. É o mar, em ritmo cadenciado, que passa com o canto e o encanto das ondas, beijando as praias, num recado de equi­líbrio: ser grande não é necessaria­mente ser cruel. 
Aqui na Paraíba, as duas maiores cidades se irma­nam em dois importantes períodos do ano: no São João, Campina recebe João Pessoa; no verão, João Pessoa recebe Campina e ambas fazem festas turísticas. Quando os campinenses passeiam pelas praias da Capital, têm a sensação de que João Pessoa é sua ter­ra. Lá eles encontram vi­zinhos, amigos, colegas de trabalho, bem como as autoridades da cidade. Mas, principalmente, se mistu­ram aos pessoenses, desco­brindo o quanto são irmãos, a despeito do bairrismo que ainda existe. Assim, a Natureza dá outro recado de união, pois o mar, o maior espetá­culo do planeta, é um lazer que o Divino concede a ri­cos e pobres igualmente. Se bem que o ser humano cria preconceitos e termina por selecionar, socialmente, as praias; de forma que quem se banha em Jacumã jamais se sentiria à vontade em Camboinha. O mar, entretanto, parece rir dessa ignorância dos homens, pois mistura suas águas, para que elas banhem ricos e pobres, queimando os pre­conceitos e as desuniões com sal e sol...
Que os sentimentos e desejos do nosso povo sofrido, nas praias do Brasil, levem os nossos sonhos e as espe­ranças ao alto mar, para que numa prece de gratidão, dirigida aos céus, haja união espiritual verdadeira. Com fé no Criador, no Filho e no Espírito Santo, haveremos de sensibilizar o homem, mantendo a humildade como bússola e a união dos brasileiros como norte, para que tenham a paciência de continuar esperando por dias de vitórias; para que possam esquecer as constantes injustiças e diferenças so­ciais e lembrem que o mar não tem dono — pertence a todos nós, na hora que quisermos, para nos banhar, para pescar e para contemplá-lo. 
“E levantou-se grande temporal de vento, e subiam as ondas por cima do barco, de maneira que já se enchia.  

E Ele estava na popa, dormindo sobre uma almofada, e despertaram-no, dizendo-lhe: Mestre, não se te dá que pereçamos? 
E Ele, despertando, repreendeu o vento, e disse ao mar: Cala-te, aquieta-te! E o vento se aquietou, e houve grande bonança. 
E disse-lhes: Por que sois tão tímidos? Ainda não tendes fé?E sentiram um grande temor, e diziam uns aos outros: Mas quem é este, que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos 4:37-41)

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