sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

VENHA NÃO, JESUS.


Sabe Jesus, a galera daqui de baixo está cada vez mais nojenta, se eu fosse o Senhor não entrava nessa de renascer em tudo que é coração não. Agora é que a raça é de víbora mesmo, a humildade que o Senhor ensinou, é interpretada como falta de personalidade e até gentileza eles confundem com gente lesa.

Eu sei que o Senhor é quem sabe, na sua misericórdia operante, do futuro da humanidade; mas eu, na minha santa ignorância, não boto muita fé nos Pilatos de hoje não. Eles nem lavam mais as mãos sob o sangue dos justos, apenas assinam sentenças para a crucificação de milhares e milhares de cristos, no calvário da fome, da marginalidade, do abandono, da ex­clusão, enquanto festejam poderes com outros Barrabases de colarinho branco.

A universalização do amor, que o Senhor pregou há 2.000 anos atrás, é para eles conto da carochinha. Ao invés disso, fizeram a globalização do ter, que aniquila o ser. Nunca a me­diocridade foi tão arrogante e esteve tão em moda.

Perdoe-me, mas foi o Senhor mesmo quem disse que não se deve ser hipócrita. Aqui todo mundo (e eu não sou uma exce­ção), se prepara para o Natal pensando em guloseimas, roupas bonitas, casas alegres e enfeitadas, tudo do bom e do melhor. A grande maioria adora despertar inveja no próximo, eles cha­mam isso de competição capitalista, o tal neo modelo que to­mou conta do mundo! Enfim, a grande religiosidade de hoje é dar a César o que é de César, mas no que diz respeito a dar a Deus o que é de Deus, ninguém se interessa muito.

         Para descargo de consciência, aqui e acolá se vai a uma missa, um culto evangélico; mas orar e re­zar com devoção, que é bom mesmo, só quando nêgo tá sofren­do muito. Depois, nem tcham pro Senhor. Tem até os que usam teu santo nome como negocio!

         Os recados apocalípticos que Deus tem enviado aqui para terra, do tipo seca, enchentes, furacões, terremotos, pestes e mais pestes; ochê, eles nem tão aí, acham que nada mais são que conseqüências naturais da evolução humana. E enchem a boca de intelectualidade, quando dizem isso.

A fraternidade dos ricos é para com os ricos. Os doentes, encarcerados, famintos, etc. não fazem parte da festa nem para receber restos. Sinceramente, Senhor, eu sei que às vezes, carre­go nas tintas e não suavizo verdades com a sabedoria das pará­bolas. É que existem algumas raras almas abnegadas nesse mun­do de meu Deus, que não se enquadram nesse rol de degrada­ção da espécie, mas, via de regra, a coisa pode ser até pior do que eu tô dizendo.

A gente não presta mesmo, Senhor. Mas, eu tô brincando, pelo amor de Deus, venha, Jesus, e venha logo. Ajude-nos na caminhada da vida. Banhe o planeta com dádivas sagradas e envolva Suas criaturas com providências divinas. Renasça, pelo menos no coração dos poucos homens e mulheres de Boa Vonta­de. Convoque uma reunião da Santíssima Trindade para, num trabalho celestial e com um exército de anjos, limpar a eira do mundo. Não sabemos e nem queremos viver sem proteção Divi­na, Pai Supremo. Essa causa é Vossa mesmo!

“E ele lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” (Lucas 16:15)

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