domingo, 18 de março de 2012

DEFICIÊNCIAS HUMANAS


Considerando que nin­guém é perfeito, todo ser humano é portador de al­guma deficiência. Só que quando essa deficiência é física ou psíquica, torna-se mais visível e daí a margi­nalização que a sociedade (por deficiência) desenca­deia para com as pes­soas deficientes.
Marcadas pela Natureza, às vezes, desde o nascimento ou por circunstâncias outras, os deficientes carregam con­sigo o peso da crítica, dos olhares impiedosos de apeli­dos, enfim, de bullying, o desprezo mais cruel do semelhante. Alguns conseguem destacar-se co­mo grandes homens e grandes mulheres, na ten­tativa de suplantar o "alei­jo", outros transmutam a tristeza em pseudo alegria e há até os que, por evolu­ção moral e consequente­mente espiritual, agra­decem a Deus, por reco­nhecer que um defeito físi­co é menos ruim do que um defeito moral e porque, através da dor, a despeito da marginalização, o ho­mem está mais apto a cres­cer como gente.
Nossa crônica hoje é dedicada a estas criaturas, que sabem como ninguém o profundo significado das palavras: "Deus escreve certo por linhas tortas". Na verdade, o de­ficiente não difere da gran­de maioria dos seres huma­nos, que vivem neste planeta em diferentes situações, crescendo para o seu próprio Criador e que não precisariam de mais nenhum tipo de mar­ginalização para se sentirem punidos, pois o fazem por autoavaliação diante da vida.
Entretanto, numa socieda­de como a nossa, esses se­res não encontram fácil abertura no mercado de trabalho, por isso entregam-se ao abandono, na maioria das vezes, e fazem da piedade um negócio (es­mola). Os que não se en­tregam à piedade buscam todo o tipo de esforço pos­sível e imaginável para lu­tar pela sobrevivência como é o caso do jovem campinense que, ainda criança, procurava no lixo algo que lhe servisse para sobreviver, demonstrando que mesmo sendo margi­nalizado não tinha motivos para viver na criminalidade.
Deficiente intragável é o ser cuja deficiência moral transcende a compreensão humana, deficiente é a criatura que é prepotente sem ter de que se orgulhar, prega a sabedoria que não tem, espalha a agressão no lugar do amor, caminha cambaleando nas estradas da vida, sem saber para onde vai e ainda ergue o estandarte da ignorância. Esse tipo de deficiência, sim, é insuportável, intra­gável e merece a nossa compaixão.
Finalizando, não pensem os portadores de deficiên­cias morais que suas marcas não são vistas a olho nu, que conseguem esconder a falsa moral, a pseudo feli­cidade e que não merecem, da mesma forma ou dupla­mente, a piedade do seu próximo, independente ou não do uso de "moletas"...
No mundo do bem, o que se ressalta são as deficiências morais, que muitas vezes chegam a nos enojar. Essa deficiência está demonstrada em muita gente, especialmente, em pessoas de colarinho branco. Apenas, no mundo da ignorância é que a deficiência física produz efeitos tão alarmantes, mas, só para lembrar, a deficiência moral é criminosa e fede, enquanto que a física você pode encontrá-la numa pessoa que tem o rosto iluminado por Deus, e o coração capaz de grandes acolhimentos humanos. Assim sendo, a deficiência moral tem contas a ajustar com Deus, enquanto que a deficiência física,  se unida ao Pai Todo Poderoso, só tem bençãos a receber.

"Há alguns anos, nas olimpíadas especiais de Seattle, nove participantes, todos com deficiência mental, alinharam-se para a largada da corrida dos 100 metros rasos.
Ao sinal, todos partiram, não exatamente em disparada, mas com vontade de dar o melhor de si, terminar a corrida e ganhar.
Um dos garotos tropeçou no asfalto, caiu e começou a chorar. Os outros oito ouviram o choro. Diminuíram o passo e olharam para trás. Então eles viraram e voltaram.Todos eles.
Uma das meninas, com sindrome de down ajoelhou, deu um beijo no garoto e disse:
- Pronto, agora vai sarar!

E todos os nove competidores deram os braços e andaram juntos até a linha de chegada.
O estádio inteiro levantou e os aplausos duraram muitos minutos...Talvez os atletas fossem deficientes mentais...
Mas com certeza, "não eram deficientes espirituais..." Isso porque, lá no fundo, todos nós sabemos que o que importa nesta vida, mais do que ganhar sozinho, é ajudar os outros a vencer, mesmo que isso signifique diminuir os nossos passos... "
Seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?" Disse Jesus: "Nem ele nem seus pais pecaram, mas isto aconteceu para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele." 
João 9:2-3.

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