Por sermos um dos povos mais sensíveis do mundo e, por termos uma Nação alegre, a despeito dos graves problemas que enfrentamos, evidentemente que todo brasileiro é patriota fanático, a começar por seu time de futebol. Até os mais céticos e radicais, quando se ausentam por muito tempo do Brasil, sentem uma forte saudade cívica.
Entretanto, o civismo de hoje, no Brasil, difere muito do espírito cívico de antigamente, quando o hino nacional bem como a bandeira do Brasil eram cultuados religiosamente nos educandários e as disciplinas curriculares como Moral e Cívica e OSPB, ainda ajudavam na formação dos estudantes quanto ao conceito de sua Pátria.
A partir da Revolução de 64, período em que se revelou a verdadeira História do Brasil, o amor patriota tomou nova conotação e os estudantes começaram a cobrar outro tipo de comportamento cívico dos seus educadores, outras "bandeiras" foram hasteadas em louvor à Pátria e outros hinos nacionais foram criados, como: "Quem sabe faz a hora não espera acontecer!..."
Nem queremos aprofundar fatores outros, como o da corrupção no Estado, estimulando a delinquência civil. Mas uma das provas mais contundentes dessa mudança, no espírito cívico do povo, está nos desfiles do Dia 7 de Setembro.
Já não se vê mais a ostentação de pelotões especiais, carros alegóricos, dos mais tradicionais e ricos colégios da cidade, disputando a taça de primeiro lugar, em luxo, tema, indumentária, número de participantes e marcha sincronizada.
Hoje, o povo não vai mais às ruas com o orgulho cívico de antigamente, o Exército continua representando seriedade, impondo respeito até porque não representa mais uma ameaça para a própria Nação. Mas, há os que questionam a utilização de tantos homens em projetos sociais e educacionais de urgência. Basta dizer que se cada igreja fosse uma escola e cada soldado fosse um professor, em um ano não haveria mais analfabetos no Brasil.
A ideologia do povo brasileiro, hoje, independe de partidarismo, independe de copiar regime político qualquer que seja. Hoje, a ideologia é a do respeito pelos direitos humanos que começa com o direito de sobrevivência. Nesse sentido, nunca o povo brasileiro esteve tão coeso e decidido em defesa de sua Pátria.
Na verdade, a mentalidade do povo mudou e até xingação é forma de patriotismo. Agora, cada cidadão é soldado de si mesmo. Claro que o Hino Nacional e a Bandeira do Brasil continuam sendo importantes, nem poderia ser diferente, mas há mais transparência e consequentemente interpretação cívica.
P.s.: Não poderia terminar este artigo sem lembrar que as eleições veem por aí. A quem iremos da poder?
Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança. Salmos 33:12
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