sábado, 19 de maio de 2012

Muda a história e com ela o espírito cívico


Por sermos um dos povos mais sensíveis do mundo e, por termos uma Nação alegre, a despeito dos graves problemas que enfrentamos, evidente­mente que todo brasileiro é patriota fanático, a co­meçar por seu time de futebol. Até os mais céticos e radicais, quando se ausentam por muito tem­po do Brasil, sentem uma forte saudade cívica.
Entretanto, o civismo de hoje, no Brasil, difere muito do espírito cívico de antigamente, quando o hino nacional bem co­mo a bandeira do Brasil eram cultuados religio­samente nos educandários e as disciplinas cur­riculares como Moral e Cívica e OSPB, ainda ajudavam na formação dos estudantes quanto ao conceito de sua Pá­tria.

A partir da Revolução de 64, período em que se revelou a verdadeira História do Brasil, o amor patriota tomou nova co­notação e os estudantes começaram a cobrar ou­tro tipo de comporta­mento cívico dos seus educadores, outras "bandeiras" foram has­teadas em louvor à Pá­tria e outros hinos nacio­nais foram criados, como: "Quem sabe faz a hora não espera aconte­cer!..."

Nem queremos apro­fundar fatores outros, como o da corrupção no Estado, estimulando a delinquência civil. Mas uma das provas mais contundentes dessa mu­dança, no espírito cívico do povo, está nos desfi­les do Dia 7 de Setembro.

Já não se vê mais a os­tentação de pelotões es­peciais, carros alegóri­cos, dos mais tradicio­nais e ricos colégios da cidade, disputando a taça de primeiro lugar, em lu­xo, tema, indumentária, número de participantes e marcha sincronizada.

Hoje, o povo não vai mais às ruas com o or­gulho cívico de antiga­mente, o Exército conti­nua representando serie­dade, impondo respeito até porque não repre­senta mais uma ameaça para a própria Nação. Mas, há os que questio­nam a utilização de tan­tos homens em projetos sociais e educacionais de urgência. Basta dizer que se cada igreja fosse uma escola e cada soldado fosse um professor, em um ano não haveria mais analfabetos no Brasil.

A ideologia do povo brasileiro, hoje, indepen­de de partidarismo, inde­pende de copiar regime político qualquer que se­ja. Hoje, a ideologia é a do respeito pelos direitos humanos que começa com o direito de sobrevi­vência. Nesse sentido, nunca o povo brasileiro esteve tão coeso e deci­dido em defesa de sua Pátria.

Na verdade, a mentali­dade do povo mudou e até xingação é forma de patriotismo. Agora, cada cidadão é soldado de si mesmo. Claro que o Hino Nacional e a Bandeira do Brasil continuam sendo importantes, nem poderia ser diferente, mas há mais transparência e consequentemente inter­pretação cívica.
P.s.: Não poderia terminar este artigo sem lembrar que as eleições veem por aí. A quem iremos da poder?

Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança. Salmos 33:12

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