Antigamente, ser mestre era ser sábio, era ser uma espécie de pai e mãe, responsável pela formação de gerações e, consequentemente, pelo futuro de um povo. O dinheiro que se ganhava para essa tarefa, era o que menos importava, pois o mestre era um sacerdote e tudo que lhe preocupava era a consciência do dever cumprido e a alegria de ver pessoas formadas e formando-se, e todo conhecimento era disciplina indispensável.
Hoje, a educação se deseducou. O professor é sempre um profissional preocupado com o tamanho do salário e em constante greve na busca de contracheques maiores. A coisa passou a ser um negócio, o professor nem sempre é “mestre” e, por isso mesmo, já não ensina, apenas passa informações teóricas baseadas em livros.
Essa industrialização da educação, especialmente num país como o nosso, foge ao que determina a Constituição Brasileira, que assegura educação gratuita para todos, pois discrimina vergonhosamente a qualidade do ensino, em escolas públicas e escolas privadas, fazendo com que só jovens ricos tenham a oportunidade de se preparar bem para o Enem.
Nas universidades, essa discriminação tem continuidade: só aprende o aluno que se torna o mestre de si mesmo e dispõe de dinheiro para comprar livros, pois o professor da educação deseducada alega falta de estímulo, de recursos e culpa o sistema pela má qualidade dos seus trabalhos. E isso também não deixa de ser uma verdade.
Francamente, é muito triste essa situação geral em uma das mais sublimes e importantes tarefas que Deus designou ao homem: a missão de transmitir conhecimentos e formar a sociedade. Hoje, o professor faz dessa missão um atestado de incompetência e irresponsabilidade e, por conseguinte, a imagem do mestre vai, a cada ano, caindo no ridículo. O nome professor já não soa com respeito, com segurança, já não se associa mais à palavra mestre, à palavra professor e muito menos à sabedoria.
Enquanto isso, crianças e jovens ficam marcados na caminhada da luta por conhecimentos reais e dignos de formar verdadeiros profissionais. Daí porque, hoje, resolvemos abordar esse tema, colocando em questão a verdadeira vítima dessa história, o aluno. Sem defesa, ele é peça de um jogo capitalista que mata valores reais.
Sabemos que ainda existem professores que não se incluem neste contexto, mas são pouquíssimos e, pela consciência profissional que possuem, até concordam conosco, que a educação brasileira chegou a um caos tal, que seria injusto não levantarmos essas questões. Vale ressaltar que a imagem do professor se desgasta e muito em greves cobertas pela imprensa, quando estes reividicam os seus direitos em praça pública, com toda razão. O aluno, o grande personagem dessa história, o que tem seu futuro prejudicado, este é que merece, nossas considerações. Isso não é uma ofensa, é, antes de mais nada, um grito de alerta aos "mestres".
“A fé é indispensável a todos que se doam ao Senhor, pois sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6)
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