sexta-feira, 8 de junho de 2012

Grito de alerta aos "Mestres"


Antigamente, ser mestre era ser sábio, era ser uma espécie de pai e mãe, responsável pela formação de gerações e, conse­quentemente, pelo futuro de um povo. O dinheiro que se ganhava para essa tarefa, era o que menos importava, pois o mestre era um sacerdote e tudo que lhe preocupava era a consciência do dever cum­prido e a alegria de ver pessoas formadas e formando-se, e todo conheci­mento era disciplina indispensável.
Hoje, a educação se de­seducou. O professor é sempre um profissional preocupado com o tamanho do salário e em constante greve na busca de contra­cheques maiores. A coisa passou a ser um negócio, o professor nem sempre é “mestre” e, por isso mesmo, já não ensina, apenas passa informações teóricas ba­seadas em livros.

Essa industrialização da educação, especialmente num país como o nosso, foge ao que determina a Constituição Brasileira, que assegura educação gratuita para todos, pois discrimina vergonhosa­mente a qualidade do ensi­no, em escolas públicas e escolas privadas, fazendo com que só jovens ricos tenham a oportunidade de se preparar bem para o Enem.

Nas universidades, essa discriminação tem conti­nuidade: só aprende o alu­no que se torna o mestre de si mesmo e dispõe de di­nheiro para comprar livros, pois o professor da educação deseducada alega falta de estímulo, de recursos e culpa o sistema pela má qualidade dos seus traba­lhos. E isso também não deixa de ser uma verdade.

Francamente, é muito triste essa situação geral em uma das mais sublimes e importantes tarefas que Deus designou ao homem: a missão de transmitir co­nhecimentos e formar a sociedade. Hoje, o pro­fessor faz dessa missão um atestado de incompetência e irresponsabilidade e, por conseguinte, a imagem do mestre vai, a cada ano, caindo no ridículo. O nome professor já não soa com respeito, com segurança, já não se associa mais à pala­vra mestre, à palavra pro­fessor e muito menos à sa­bedoria.

Enquanto isso, crianças e jovens ficam marcados na caminhada da luta por co­nhecimentos reais e dignos de formar verdadeiros pro­fissionais. Daí porque, hoje, resolvemos abordar es­se tema, colocando em questão a verdadeira víti­ma dessa história, o aluno. Sem defesa, ele é peça de um jogo capitalista que mata valores reais.

Sabemos que ainda existem professores que não se incluem neste con­texto, mas são pouquíssi­mos e, pela consciência profissional que possuem, até concordam conosco, que a educação brasileira chegou a um caos tal, que seria injusto não levantarmos essas questões. Vale ressaltar que a imagem do professor se desgasta e muito em greves cobertas pela imprensa, quando estes reividicam os seus direitos em praça pública, com toda razão. O aluno, o grande personagem dessa história, o que tem seu futuro preju­dicado, este é que merece, nossas conside­rações. Isso não é uma ofensa, é, antes de mais nada, um grito de alerta aos "mestres".

“A fé é indispensável a todos que se doam ao Senhor, pois sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6)

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