sábado, 2 de junho de 2012

O mundo virou um Big Brother


O mundo é um Big Brother com câmeras apontando para todos os lados e janelas abertas em nossas casas. O que tem de prático, construtivo e social, tem também de perigoso, estimulador de condutas deformadas. Mas, quem quer viver sem televisão e as redes sociais da Internet? Eu não diria que a grande culpa está necessariamente na existência desses recursos da vida moderna, mas sim, na falta de inteligência e responsabilidade de quem usa esses meios de comunicação. 

Recentemente recebi a seguinte postagem: “Bem vindo ao Facebook! Onde todos os namoros são “perfeitos” e “eternos”. Onde as pessoas terminam relacionamentos e ficam postando o dia inteiro, confessionário de lamentações e hipocrisia! Onde pessoas te adicionam, não conversam com você, e nem ao menos te cumprimentam. Onde seus inimigos são os que mais visitam seu perfil, e seus ex te deletam como se importasse! Aproveitem!”.
Tudo bem, afinal essa democracia anárquica tinha que ter esses atropelos. O importante é que tempo e espaço não são obstáculos para esse Big Brother mundial que ninguém segura mais. Agora até as televisões mundiais têm acesso a fatos registrados em tempo real, porque tem sempre alguém com um celular filmando ou gravando, são os chamados “cinegrafistas amadores”.
Vale ressaltar, que tudo isso termina fazendo com que os programas de televisão inapropriados sejam apresentados a crianças e adolescentes. É o que acontece também com as redes sociais na Internet, que levam os nossos jovens a grandes perigos de condutas.
Particularmente, acho que o homem tem uma tendência enorme para gastar o tempo com tolices e bestialidades. Vejam os vídeos do Youtube na Internet, horas e horas de profundo desespero de pessoas querendo aparecer. Digo desespero porque a grande maioria da produção e tempo usado pelas pessoas é para mostrar o seu lado mais feio, talvez, por não acreditar que tenham um lado belo. É tanto besteirol, que já estão medindo a inteligência do povo brasileiro também por isso, porque os milhões de acesso assustam.
            Algumas entidades beneficentes tentam chamar atenção, lançam propaganda de pedido de socorro, infelizmente não são nem lidas. As pessoas passam por cima como se fosse a responsabilidade do próximo a acessar, e assim sucessivamente. Esse efeito dominó da indiferença com o social termina desmoronando na vida dos mais carentes. Se alguém se acha tão artista assim, procure uma entidade que precise de ajuda no seu município, e se junte a um grupo de pessoas para fazer um vídeo beneficente no youtube. Você pode não aparecer para os homens, mas para Deus você vai aparecer. E um acesso de Deus na sua vida vale mais do que todos os acessos da Internet até o fim dos tempos.          
            Não podemos negar que os celulares com câmera já têm feito muita justiça pelo mundo afora, em todas as classes sociais, denunciando crimes contra crianças, idosos, homossexuais, prostitutas etc., através dos órgãos de comunicação. Como diz Paulo Freire: “todos os lugares são lugares, e todos os meios são meios de educação”. Por isso é bom buscar o equilíbrio em tudo que se faz.
            “‘Tudo me é permitido’, mas nem tudo convém. "Tudo me é permitido", mas eu não deixarei que nada domine.” (1 Coríntios 6:12).
Fiquem na paz!!

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