A outra metade do homem na vontade de Deus

Cena do Filme "Em algum lugar do passado."

O verdadeiro ca­samento aconte­ce por uma de­terminação di­vina. Entretanto, os conjugues são atraídos por circunstâncias das mais variadas, como atravessar Norte a Sul do país para encontrar a pes­soa amada. O primeiro to­que é tão suave e sutil, que pode até ser confundido com uma simples amizade. É que as forças celestiais agem dentro de um perfeito equilíbrio, e as grandes atrações sexuais, são, antes de mais nada, extremos, portanto, distantes do equilíbrio, que é o centro de todas as coisas.

No casamento espiritual, há uma comunhão de pen­samento, e as pessoas se dão umas às outras como que mecanicamente. Sem ânsias, sem medos, sem ciúmes. Esse tipo de amor, que não é necessariamente platónico, eleva o espírito a dimensões da verdadeira felicidade. Felicidade que nos casamentos por con­venções sociais ou interes­ses financeiros,  jamais po­deria ser alcançada.

A suavidade do casa­mento espiritual, desco­nhece a diferença social, de idade, ou qualquer outro tipo de preconceito. O ca­sal age envolvido por uma paz oriunda da energia do amor e a fé aumenta, acompanhada de uma segu­rança quase santificada. Pois no casamento por permissão de Deus, o homem e a mulher sintonizam uma mesma faixa magnética e passam a ter afinidade em todas as coisas, desfrutam dos mesmos sentimentos, como se fossem almas gêmeas.

O mais interessante é que para todo ser humano hà esta outra pessoa, que o completa e o leva a paz. Infelizmente, as criaturas humanas, entram em dese­quilíbrio e deixa de sinto­nizar a faixa magnética que lhe leva à pessoa ideal. São processos de desencontros, originados da ânsia pelo poder, de sexo proibido ou muito carnal, interesses outros, que levam o homem à pensar que o melhor para si está na aparência e não na essência.

A Mente que sintoniza o verdadeiro amor, que é o próprio Deus, com sua misericórdia divina, deixou para cada um de nós, essa outra metade que é a pes­soa que nos conduzirá à felicidade. Saber onde e como encontrá-la, é que é muito difícil, pois implica em crescimento espiritual, para só então merecer. Todo ou quase todo crescimento espiritual surge dentro de sofrimentos para acelerar o processo de reflexão. Co­mo o ser humano está sem­pre se distanciando ou fu­gindo do sofrimento atra­vés da bebida, dos prazeres sexuais muito excitantes e de outros tipos de satisfa­ção, distancia-se sem que­rer, desse merecimento que já era seu quando veio ao mundo.

A verdade é que, se mentalizarmos a pessoa amada ou que nasceu para nos amar, dentro dos desígnos divinos, mesmo sem conhecê-la ainda, recebe­remos à distância sua ener­gia de paz e amor. Essa pessoa foi computada para nos fazer feliz, assim como fomos computados para fazê-la feliz também. Assim sendo, ao tentarmos sintonizá-la, es­tamos atraindo a própria felicidade.

“Portanto deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e apegar-se-á à sua mulher, e serão ambos uma carne.” (Gênesis 2:24)