Adelma Irineu
José, de 42 anos, 05 deles procurando emprego, estava reduzido à humilhação por descrença de si mesmo perante seus próprios familiares, embora não fosse preciso. Sentia-se rejeitado por todos e, até mesmo, por Deus; por isso, estava sempre querendo morder o mundo. Roupa surrada, sapato com meia-sola, tentava se sentir melhor diante do espelho, enquanto penteava os cabelos, a única coisa que o agradava em si mesmo. Ele já não chorava mais, também não tinha mais fé. Acreditava que a vida era para alguns, tudo; e para a grande maioria, quase nada. Terminou de contemplar o cabelo grisalho e disse a si mesmo: — hoje, vou me dar um presente. Não vou sair de casa, pois não quero ser humilhado com mais um não na cara.
Debruçou-se na janela para ver a vida passar. Ele ficou perplexo com a beleza de um pé de rosas vermelhas, plantado pela sua mãe num pequeno jardim de sua casa. Conversou consigo mesmo em pensamento. As mãos da minha santa mãe trabalhavam com as plantas como se recebesse ordem do céu, por isso, esse pé de rosa vive até hoje. Sentiu vontade de cheirar a rosa e se deleitar com a beleza das gotas de orvalho que a envolviam, como se fosse um mistério sagrado. Mas logo, seu machismo se deu conta de que se alguém o visse acariciando uma rosa, iria pensar mal dele.
José olhou de longe a rosa maior e disse: — Como Deus faz coisas lindas! Você, rosa, faz parte das coisas que deram certo; eu faço parte das coisas que deram errado. A rosa balançou-se e, com a ajuda do vento forte, disse para aquele velho moço: — Amigo tenta ver-te uma só vez! O que te impede de alcançar bênçãos é o ódio que trazes no coração. Nunca te perdoaste pela demissão que tu pediste daquela empresa. Também nunca soubeste o que aconteceu naquele setor de trabalho; caso contrário, estarias agradecendo a Deus todos os dias. Abre a chave do teu coração com um grande perdão, para que Jesus possa entrar. Você me acha linda e exclusiva para a felicidade, sou apenas uma efêmera criatura de Deus, que depois de arrancada daqui, pode durar as horas de um banquete de luxo ou de um decadente velório. E continuou: — Companheiro, já nasceram muitas rosas dessas raízes. Porém, só hoje, olhastes para mim? Pensas que foste tu quem decidiu que ficarias em casa? Não! Foi Deus que precisava só de uma paradinha tua, esquecendo do ódio e dos temores para merecer uma graça. Que graça? Saberás quando o que chamas de sorte chegar e te pedir um abraço.
Então José envolveu-se de um misto de medo e felicidade. Medo de estar ficando louco e imaginar uma rosa lhe falando; felicidade pela sensação de fé que aquele instante abriu na sua alma. Levou as mãos mais uma vez aos seus cabelos grisalhos e sentiu que estava vivo e que ele ainda era ele mesmo, embora houvesse uma áurea predominantemente divina cercando tudo em sua volta. Ele não saiu da janela. O momento era sublime e raro. Há anos que ele esperava por aquele instante, em que o homem cresce para Deus e ajoelha-se diante de seu próprio eu.
Do outro lado da rua, o dono da mercearia deu um sinal para José: — Amigo, tenho precisado falar com você. E foi se aproximando. — Eu nunca lhe encontro em casa. Ao que José respondeu: — Pois não, do que se trata? Estou abrindo mais uma mercearia e a única pessoa que me inspira confiança e competência para tomar conta de uma delas é você. Digo isso com base no que você fez há 5 anos atrás, quando saiu de uma empresa por descobrir que ela tinha caixa dois. Ninguém é mais competente do que você, meu vizinho, e se me permitir, a partir de hoje, meu amigo também, pois me orgulho de sua honestidade.
José deu uma olhada rápida para a rosa, como quem quisesse buscar nela cumplicidade, então abraçou automaticamente o amigo. No outro dia, José estava empregado e a rosa havia sido colhida. Então ele disse: — Todos os dias vou chegar perto de você minha querida roseira. Quero ver quantas rosas nascem. Quero acreditar na complexa simplicidade de meu Deus. E já compreendo que, para cada criatura, haverá sempre uma única rosa. É prudente não perder a chance de ouvi-la, nesse sutil e profundo diálogo entre o homem e a rosa, há um mundo de verdades fortes. A maior delas é que a Mãe Natureza faz parte de nós e nós, mesmo sem sabermos ou querermos, também fazemos parte dela. Graças a Deus! Aprendi que o homem está na rosa, tanto quanto, a rosa está no homem.
José olhou de longe a rosa maior e disse: — Como Deus faz coisas lindas! Você, rosa, faz parte das coisas que deram certo; eu faço parte das coisas que deram errado. A rosa balançou-se e, com a ajuda do vento forte, disse para aquele velho moço: — Amigo tenta ver-te uma só vez! O que te impede de alcançar bênçãos é o ódio que trazes no coração. Nunca te perdoaste pela demissão que tu pediste daquela empresa. Também nunca soubeste o que aconteceu naquele setor de trabalho; caso contrário, estarias agradecendo a Deus todos os dias. Abre a chave do teu coração com um grande perdão, para que Jesus possa entrar. Você me acha linda e exclusiva para a felicidade, sou apenas uma efêmera criatura de Deus, que depois de arrancada daqui, pode durar as horas de um banquete de luxo ou de um decadente velório. E continuou: — Companheiro, já nasceram muitas rosas dessas raízes. Porém, só hoje, olhastes para mim? Pensas que foste tu quem decidiu que ficarias em casa? Não! Foi Deus que precisava só de uma paradinha tua, esquecendo do ódio e dos temores para merecer uma graça. Que graça? Saberás quando o que chamas de sorte chegar e te pedir um abraço.
Então José envolveu-se de um misto de medo e felicidade. Medo de estar ficando louco e imaginar uma rosa lhe falando; felicidade pela sensação de fé que aquele instante abriu na sua alma. Levou as mãos mais uma vez aos seus cabelos grisalhos e sentiu que estava vivo e que ele ainda era ele mesmo, embora houvesse uma áurea predominantemente divina cercando tudo em sua volta. Ele não saiu da janela. O momento era sublime e raro. Há anos que ele esperava por aquele instante, em que o homem cresce para Deus e ajoelha-se diante de seu próprio eu.
Do outro lado da rua, o dono da mercearia deu um sinal para José: — Amigo, tenho precisado falar com você. E foi se aproximando. — Eu nunca lhe encontro em casa. Ao que José respondeu: — Pois não, do que se trata? Estou abrindo mais uma mercearia e a única pessoa que me inspira confiança e competência para tomar conta de uma delas é você. Digo isso com base no que você fez há 5 anos atrás, quando saiu de uma empresa por descobrir que ela tinha caixa dois. Ninguém é mais competente do que você, meu vizinho, e se me permitir, a partir de hoje, meu amigo também, pois me orgulho de sua honestidade.
José deu uma olhada rápida para a rosa, como quem quisesse buscar nela cumplicidade, então abraçou automaticamente o amigo. No outro dia, José estava empregado e a rosa havia sido colhida. Então ele disse: — Todos os dias vou chegar perto de você minha querida roseira. Quero ver quantas rosas nascem. Quero acreditar na complexa simplicidade de meu Deus. E já compreendo que, para cada criatura, haverá sempre uma única rosa. É prudente não perder a chance de ouvi-la, nesse sutil e profundo diálogo entre o homem e a rosa, há um mundo de verdades fortes. A maior delas é que a Mãe Natureza faz parte de nós e nós, mesmo sem sabermos ou querermos, também fazemos parte dela. Graças a Deus! Aprendi que o homem está na rosa, tanto quanto, a rosa está no homem.
“Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (Atos 16:31).
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