sábado, 21 de dezembro de 2013

Venha não, Jesus!


Sabe Jesus, a galera daqui de baixo está cada vez mais nojenta. Se eu fosse o Senhor, não renasceria em tudo que é coração, não. Agora é que a raça é de víbora mesmo, a humildade, que o Senhor ensinou, é interpretada como sendo falta de personalidade e até gentileza eles confundem com gente lesa.

Eu sei que o Senhor é quem sabe, na sua misericórdia operante, do futuro da humanidade; mas eu, na minha santa ignorância, não boto fé nos Pilatos de hoje. Eles nem lavam mais as mãos sob o sangue dos justos, apenas assinam sentenças para a crucificação de milhares e milhares de cristos, no calvário da fome, da marginalidade, do abandono, da exclusão, enquanto festejam poderes com outros “Barrabases” de colarinho branco.

A universalização do amor, que o Senhor pregou há mais de 2.000 anos atrás, é para eles conto da carochinha. Ao invés disso, fizeram a globalização do ter, que aniquila o ser. Nunca a mediocridade foi tão arrogante e esteve tão em moda.
Perdoe-me, mas foi o Senhor mesmo quem disse que não se deve ser hipócrita. Aqui todo mundo se prepara para o Natal pensando em guloseimas, roupas bonitas, casas alegres e enfeitadas, tudo do bom e do melhor. A grande maioria adora despertar inveja no próximo, eles chamam isso de competição capitalista, o tal modelo que tomou conta do mundo! Enfim, a grande religiosidade de hoje é dar a César o que é de César, mas no que diz respeito a dar a Deus o que é de Deus, ninguém se interessa muito.

Para desencargo de consciência, aqui e acolá se vai a uma missa, a um culto evangélico, a uma reunião de centro espírita; mas orar e rezar com devoção, que é bom mesmo, só quando nêgo tá sofrendo muito. Depois, nem tcham pro Senhor. Tem até os que usam Seu santo nome como negócio!

Os recados apocalípticos, que o Criador tem enviado aqui para terra, do tipo seca, enchentes, furacões, terremotos, pestes e mais pestes; eles nem tão aí, acham que nada mais são que consequências naturais da evolução humana. E enchem a boca de “intelectualidade”, quando dizem isso. Os que se tocam com o desequilíbrio ecológico só falam, mas pouco fazem.

A fraternidade dos ricos é para com os ricos. Os doentes, encarcerados, famintos, etc. não fazem parte da festa nem para receber restos. Sinceramente, Senhor, eu sei que, às vezes, carrego nas tintas e não suavizo verdades com a sabedoria das parábolas. É que existem algumas raras almas abnegadas nesse mundo de meu Deus, que não se enquadram nesse rol de degradação da espécie, mas, via de regra, a coisa pode ser até pior do que eu tô dizendo.

A gente não presta mesmo, Senhor. Mas, eu tô brincando, pelo amor de Deus, venha, Jesus, e venha logo. Ajude-nos na caminhada da vida. Banhe o planeta com dádivas sagradas e envolva Suas criaturas com providências divinas. Renasça, pelo menos no coração dos poucos homens e mulheres de Boa Vontade. Convoque uma reunião da Santíssima Trindade para, num trabalho celestial e com um exército de anjos, limpar a eira do mundo. Não sabemos e nem queremos viver sem proteção Divina, Pai Supremo. Essa causa é Vossa mesmo!

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