quinta-feira, 26 de abril de 2012

ANIVERSÁRIO DE MARIA DE FELIX ARAÚJO


Maria de Félix abraçada por sua bonita filha Tamar Celino

"E não vos conformeis com esse século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Romanos 12:2).
Com este versículo bíblico, abro esta homenagem a Maria de Félix Araújo, ousando dizer, em poucas palavras, o que é a sua intensa história de vida.
É que a nossa aniversariante é um exemplo a ser seguido. Eu poderia ressaltar apenas sua destacada e incansável atuação, em entidades beneficentes da nossa querida Campina Grande; além das muitas campanhas, por ela lideradas ou estimuladas, nas áreas de saúde, religião, filantropia, artes e cultura.
Porém, Maria foi muito além disso. No altar da própria existência, ela orou em favor da verdadeira caridade; compreendeu que não há fé consistente perante Deus, senão aquela que pode encarar, face a face, todas as dificuldades do ser humano. Compreendeu que o amor à humanidade é a essência da filantropia e só ele pode melhorar o mundo, através de ações efetivas e afetivas, o que é uma determinação de Deus.
A título de documentar, posso até lembrar aqui, alguns cargos e funções, assumidos por Maria de Félix Araújo.
Ela foi presidente, por três mandatos, do "Apostolado de Oração da Catedral de Campina Grande", que originou várias ações comunitárias.
Também foi a primeira presidente da Entidade Internacional "Cruz branca-Amarela", que realizou importantes trabalhos humanitários em nossa cidade. Integrou a Diretoria da "Comissão de Assistência aos Tuberculosos", projeto presidido pelos médicos: Elpídio de Almeida e Virgílio Brasileiro.
Presidiu a "Comissão de Assistência aos Detentos de Campina Grande".
Maria foi, ainda, presidente da nossa querida Associação Cristã Feminina, além de sócia-fundadora e conselheira da nossa resistente e insistente Rede Feminina de Combate ao Câncer.
Porém, o que pretendo de fato destacar é que Maria compreendeu, durante toda essa trajetória de trabalho, que sobrenome, jóias e nariz empinado jamais substituiriam a elegância de um gesto humanitário, ensinado por Jesus.
Ela tinha consciência de que seu papel, para com a sociedade campinense, acentuou-se de forma desafiadora, quando seu marido, Félix Araújo, partiu precocemente para outra dimensão; mas, tornando-se parte marcante da história da cidade. Para tanto, nossa amada aniversariante orou, mais uma vez, no altar da própria existência e, dessa vez, a oração do perdão. A maior e mais poderosa de todas as orações.
Como toda dama da sociedade, Maria de Félix sempre se vestiu e se portou de forma muito elegante; mas sem aquele olhar blasé, de quem finge fazer caridade; dos que ignoram a dor do semelhante e se preocupam, muito mais, com os detalhes da etiqueta social do que com a Ética moral, que edifica o homem.
Muito pelo contrário, como seu marido, ela sempre se preocupou com a omissão, que pode nos tornar cúmplices das mais variadas formas de fome humana; e lamentava o sofrimento de pequenos cristos, abandonados nas calçadas do mundo.
Como todos nós sabemos, ela ficou viúva muito cedo, responsável pela educação de dois filhos pequeninos, Tamar e Félix Filho. Para que ambos fossem os intelectuais brilhantes que hoje são, precisariam ter, além do legado deixado pelo pai, uma mãe, no mínimo, culta.
Maria mergulhou na riqueza da poesia, para matar a saudade do seu amado poeta. Ela se atualizava sempre. Mas, com certeza, buscou sabedoria no cristianismo, que nos ensina que a família — antes de ser um projeto social — é um projeto de Deus e deve ser cultivado como tudo que é sagrado.
Maria plantou exemplos de fé e coragem e se fez presente, também, no universo das artes e da cultura. Não é à toa que ela é Madrinha do Teatro Municipal Severino Cabral — e sempre foi uma entusiástica incentivadora e defensora do Festival de Inverno e do Bloco da Saudade.
Por tudo isso, Maria, lhe parabenizamos; lhe parabenizamos pelos seus feitos, pois aqui nesse planeta tudo passa, menos o amor que plantamos.
Nós nos unimos, nesse dia, em um só pensamento de fé, carinho e agradecimento, em torno da sua história; que além de rica e bela em valores e garra, serve de reflexão para todas nós: O que de fato estamos fazendo para agradar a Deus e não aos homens? Até que ponto seguimos, com verdade, os ensinamentos de Jesus Cristo? Pois o mundo parece gritar, em forma de sucessivas catástrofes naturais, que não há mais tempo para se perder em função do nada.
Nós lhe parabenizamos, Maria, desejando muita saúde, paz e muitos anos, ainda, como exemplo de vida. Parabenizamos-lhe principalmente, porque você cumpriu — e cumpre — belamente, a sua missão de ser humano e filha de Deus.
Um grande abraço, amiga

(DISCURSO EM HOMENAGEM A MARIA DE FÉLIX ARAÚJO PELA PASSAGEM DE SEU ANIVERSÁRIO COMEMORADO NO GARDEN HOTEL EM 2010)

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